Sou o que quero ser, 

porque possuo apenas uma vida 

e nela só tenho uma chance de fazer o que quero.


Tenho felicidade o bastante para fazê-la doce

 dificuldades para fazê-la forte,
Tristeza para fazê-la humana 

e esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas,


elas sabem fazer o melhor das oportunidades 

que aparecem em seus caminhos.

Páscoa











Páscoa
O que é a Páscoa?
Em seu sentido real e grandioso, é a ressurreição de Jesus Cristo, o filho de Deus.
O que tem sido a Páscoa?
Uma data comemorada, com alegria, por grandes empresas  que vislumbram lucros 
na comercialização de chocolates e doces.
A Páscoa, símbolo do renascimento, é vivida por todos nós, por nossas famílias
e amigos que creem em um ser superior, que veio ao mundo com a missão  de
nos resgatar do pecado e, para isso, deu a sua própria vida.
A páscoa dos chocolates, embora lucrativa, é bem mais restrita e só faz parte da realidade 
de quem tem acesso ao comércio, sendo que,para muitas pessoas, dentre elas crianças,
esse mundo de fantasias e doces é apenas um sonho impossível de se realizar.
Aquele que renasceu e que nos deu a vida, foi o mesmo que nos ensinou a partilha
e a solidariedade. 
Que nesse dia, possamos pensar mais nas pessoas, possamos ser mais amigos, mais 
irmãos e menos individualistas.
O dia de hoje,marcado por tantas dificuldades advindas de um vírus que se instalou
e que se propaga a cada  minuto pelo mundo, é um bom momento para a reflexão.
Hoje somos todos iguais; pobres mortais,amedrontados e assustados diante da nossa
incapacidade e  da nossa pequenez.
A inteligência do homem não consegue superar a vontade de Deus!
Que saibamos ser criaturas, sem jamais ter a pretensão de superarmos o Criador!
Que a Páscoa possa ser mais renascimento, mais vida e menos comércio e desigualdades!

(Maria Amélia Carneiro)


Ipameri, GO.
Em um domingo de Páscoa, 12 de abril de 2020, 
momento em que o mundo se rende, ainda que involuntariamente, 
ao Poder do Criador.


 

Pequenas epifanias

                                                                    


(Dois ou três almoços, uns silêncios / Fragmentos disso que chamamos de “minha vida”)

Há alguns dias, Deus — ou isso que chamamos assim, tão descuidadamente, de Deus —, enviou-me certo presente ambíguo: uma possibilidade de amor. Ou disso que chamamos, também com descuido e alguma pressa, de amor. E você sabe a que me refiro.
Antes que pudesse me assustar e, depois do susto, hesitar entre ir ou não ir, querer ou não querer — eu já estava lá dentro. E estar dentro daquilo era bom. Não me entenda mal — não aconteceu qualquer intimidade dessas que você certamente imagina. Na verdade, não aconteceu quase nada. Dois ou três almoços, uns silêncios. Fragmentos disso que chamamos, com aquele mesmo descuido, de “minha vida”. Outros fragmentos, daquela “outra vida”. De repente cruzadas ali, por puro mistério, sobre as toalhas brancas e os copos de vinho ou água, entre casquinhas de pão e cinzeiros cheios que os garçons rapidamente esvaziavam para que nos sentíssemos limpos. E nos sentíamos.
Por trás do que acontecia, eu redescobria magias sem susto algum. E de repente me sentia protegido, você sabe como: a vida toda, esses pedacinhos desconexos, se armavam de outro jeito, fazendo sentido. Nada de mal me aconteceria, tinha certeza, enquanto estivesse dentro do campo magnético daquela outra pessoa. Os olhos da outra pessoa me olhavam e me reconheciam como outra pessoa, e suavemente faziam perguntas, investigavam terrenos: ah você não come açúcar, ah você não bebe uísque, ah você é do signo de Libra. Traçando esboços, os dois. Tateando traços difusos, vagas promessas.
Nunca mais sair do centro daquele espaço para as duras ruas anônimas. Nunca mais sair daquele colo quente que é ter uma face para outra pessoa que também tem uma face para você, no meio da tralha desimportante e sem rosto de cada dia atravancando o coração. Mas no quarto, quinto dia, um trecho obsessivo do conto de Clarice Lispector “Tentação” na cabeça estonteada de encanto: “Mas ambos estavam comprometidos. Ele, com sua natureza aprisionada. Ela, com sua infância impossível”. Cito de memória, não sei se correto. Fala no encontro de uma menina ruiva, sentada num degrau às três da tarde, com um cão basset também ruivo, que passa acorrentado. Ele pára. Os dois se olham. Cintilam, prometidos. A dona o puxa. Ele se vai. E nada acontece.
De mais a mais, eu não queria. Seria preciso forjar climas, insinuar convites, servir vinhos, acender velas, fazer caras. Para talvez ouvir não. A não ser que soprasse tanto vento que velejasse por si. Não velejou. Além disso, sem perceber, eu estava dentro da aprendizagem solitária do não-pedir. Só compreendi dias depois, quando um amigo me falou — descuidado, também — em pequenas epifanias. Miudinhas, quase pífias revelações de Deus feito joias encravadas no dia a dia.
Era isso — aquela outra vida, inesperadamente misturada à minha, olhando a minha opaca vida com os mesmos olhos atentos com que eu a olhava: uma pequena epifania. Em seguida vieram o tempo, a distância, a poeira soprando. Mas eu trouxe de lá a memória de qualquer coisa macia que tem me alimentado nestes dias seguintes de ausência e fome. Sobretudo à noite, aos domingos. Recuperei um jeito de fumar olhando para trás das janelas, vendo o que ninguém veria.
Atrás das janelas, retomo esse momento de mel e sangue que Deus colocou tão rápido, e com tanta delicadeza, frente aos meus olhos há tanto tempo incapazes de ver: uma possibilidade de amor. Curvo a cabeça, agradecido. E se estendo a mão, no meio da poeira de dentro de mim, posso tocar também em outra coisa. Essa pequena epifania. Com corpo e face. Que reponho devagar, traço a traço, quando estou só e tenho medo. Sorrio, então. E quase paro de sentir fome.

Caio Fernando Abreu



 (Publicada n’O Estado de S. Paulo, 22/4/1986).


Não tenha pressa em publicar suas alegrias ou tristezas.
Conviva com elas antes de colocá-las nas janelas da vida.
Nem tudo a palavra sabe dizer.
E ainda que saiba, nem tudo precisa ser dito.

Pe. Fábio de Melo

Sonhe...

SONHE

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Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida e nela só se tem 
uma chance de fazer aquilo que quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que 
aparecem em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem a importância das 
pessoas que passam por suas vidas.

(Clarice Lispector)

E viva Paulo Freire!

A Águia de Ouro, escola que homenageou Paulo Freire, é a grande campeã do carnaval 2020 de São Paulo. Este é o primeiro título da escola no Grupo Especial do carnaval paulista. Foram rebaixadas as escolas Pérola Negra e X-9 Paulistana.
A escola de samba da zona oeste de São Paulo empolgou o Anhembi na madrugada de domingo (23) com uma homenagem marcante a Paulo Freire, afrontando o bolsonarismo, que elegeu o educador reconhecido mundialmente, como seu inimigo.
Com o samba enredo “O Poder do Saber – Se saber é poder… Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”, a escola lembrou uma das frases mais famosas do educador (“não se pode falar de educação sem amor”) e ainda cantou um “viva Paulo Freire”.


FONTE: ( https://www.brasil247.com/regionais/sudeste/escola-que-homenageou-paulo-freire-aguia-de-ouro-e-campea-do-carnaval-em-sao-paulo)

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